ORDENS SÃO ORDENS

Em 1981 eu tinha 27 anos mas o dinheiro era curto. Ter um segundo carro nem pensar, se o MP fosse o primeiro carro tudo bem, mas cadê a grana para tanto? O jeito era se contentar com o Chevette 77 que tinha naquela época.
Passaram-se os anos e em 2000, agora com 46 anos, e com um pouco mais de folga financeira (pelo menos para ter um MP) comprei o meu.

Fui à Piracicaba a trabalho e vi um MP branco (1979) e resolví: "vou comprá-lo" ...e assim foi, mas quando comecei a dirijí-lo reparei que estava realmente precisando de uns reparos, então decidi desmontá-lo inteiro e reconstruí-lo.

A cor agora ficou vermelha, o motor zero km de Kombi - para ficar mais possante (1700 cc), troquei toda a suspensão, sistema de freios e, lógico, capota e estofamento; enfim tudo novo. Gosto de velocidade e o meu MP roda tranqüilamente a 120 km/h, pois a mecânica é impecável.

Tenho muito prazer em tê-lo. As vezes penso em vender pois dá algum trabalho manter o MP em boas condições e o tempo anda curto. Mas agora recebi uma ordem de minha filha mais nova, a Janaina : " vender? De jeito nenhum!" Bem, vocês sabem: ordens são ordens... além disso meu coração só deixa ameaçar, mas fechar negócio... nunca!

Abraços
Luiz Antonio Cardoso

São Paulo, 22 de maio de 2002.

luizcardoso@uol.com.br