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DÉCIMO PASSEIO DO MP LAFER – SERRA NEGRA 2006
Todos os passeios do MP Lafer reúnem atributos para se tornarem marcantes na memória de quem participa deles. Mas certamente o décimo passeio, realizado para Serra Negra em 08 de abril de 2006, ganhará uma adjetivo indissociável às suas futuras menções: emblemático. Ou uma centena cravada de MPs na estrada não pode ser considerada uma marca ao menos cintilante?
A escolha de Serra Negra para receber a caravana de conversíveis representa um retorno às origens do Clube MP Lafer Brasil, que nesta cidade realizou seu primeiro evento, quando em 26 de abril de 1998, cerca de 40 MPs inauguraram a trajetória de sucesso que a agremiação iria conhecer na próxima década. De lá para cá, os números indicaram um crescimento de participantes e ganharam destaque nos meios de comunicação.
No entanto, o trajeto desta vez foi aumentado em cerca de 30 quilômetros, privilegiando estradas em melhores condições, e desviando o percurso dos centros urbanos, para não causar atrasos na chegada até o destino final. Apenas as ruas de Lindóia – e quatro praças de pedágio – não puderam ser evitadas. Mas todos que partiram do km 28 da Rodovia dos Bandeirantes concluíram o traçado a tempo de almoçar nos restaurantes próximos à Avenida Laudo Natel.
A secretaria de cultura, turismo e lazer da estância hidromineral, regida por Fernando Moreira Jr, soube acolher bem seus ilustres visitantes. Até um show com o cantor Edson Galhardi, mais conhecido como Elvis Cover, foi oferecido para encerrar a jornada. Mas antes disso ocorreu a tradicional troca de lembranças entre os presentes, e os sorteios de peças de MP, que agraciaram Adilson Birolli, com um par de pára-choques cromados, e Milton Lopes, com lanternas traseiras.
Justas homenagens. Fernando Paschoal trouxe seu MP Lafer da capital do Mato Grosso do Sul, Campo Grande, especialmente para alinhar com dezenas de colegas que em sua maioria moram próximo, ou mesmo na Grande São Paulo, de onde partem os passeios do MP. Por esta razão ele recebeu da diretoria do Clube o troféu "José Mauro Rabello Cabral", que perdera a vida na Rodovia Dutra, vindo do Rio de Janeiro para o nono passeio, de São José dos Campos.
Fora do protocolo da festa, mas dignos de homenagens, estão os diretores do Clube MP Lafer Brasil: Walter Arruda, Marcos Antonio e Romeu Nardini, que ano após ano se empenham diligentemente na organização dos eventos: pesquisando destinos e estudando trajetos, assim como as opções de alimentação e eventual hospedagem. Trata-se de uma logística complexa, embora soe como algo simples e natural para quem apenas tem o trabalho de receber o convite.
Também não podemos esquecer de João Sabóia. Sua presença em Serra Negra não foi possível, mas o editor do site mplafer.com completa neste ano 40 anos de cobertura fotográfica do automobilismo, uma carreira iniciada em 1966 no circuito de Interlagos.
Construtores de sonhos. Quem teve um MP em meados dos anos noventa sabe a agonia que era para encontrar peças de reposição e serviços de manutenção que pudessem fazer jus ao anseio de deixar sua preciosidade em ordem. Por isso, foi muito agradável notar a presença do restaurador Toninho e do fornecedor Sérgio Almodóvar entre tantos “sonhadores”. Graças a abdicados como eles,
muitos hoje podem rodar com suas baratas que parecem recém saídas da fábrica.
Fábrica? Se há um grande responsável pela essência destes dez passeios memoráveis, só pode ser aquele que emprestou o próprio sobrenome ao carro: Percival Lafer – o arquiteto e empresário que coordenou o projeto e a construção do primeiro protótipo do MP, e que mantém em sua garagem a última unidade produzida – e até hoje não licenciada – na linha de montagem, além de um segundo e mítico protótipo com motor na dianteira.
Este ano finalmente ele esteve lá, para receber os cumprimentos calorosos dos grandes entusiastas de sua criação, e retribuir cada abordagem de forma atenciosa e gentil. Sua presença entre os MPs estacionados - lado a lado em duas longas fileiras - foi motivo de orgulho para os proprietários.
O retorno. Uma das melhores partes, em qualquer viagem - de pequeno a grande porte - é poder voltar para casa, rever aqueles que você não pôde levar consigo, e dizer a eles que tudo correu bem. Que você guiou com muito cuidado e que valeu muito a pena. Que você reviu grandes amigos e conheceu outros novos. E que finalmente pode dormir tranqüilo e esperar pela próxima oportunidade. Saudações de apreço a todos e até o ano que vem
Por Jean Tosetto e Rene Sarli
Fotos do percurso: Rogério Novaes Arantes
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