MP LAFER: LIBERDADE EM VERSÃO BRASILEIRA

Por Jean Tosetto – especial para a Revista Clássicos Automotivos.
Imagens digitalizadas por Rene Sarli.

Em nome da segurança e comodidade, as grandes montadoras investem cada vez mais no desenvolvimento de seus automóveis, para facilitar a vida de seus consumidores. Chegou-se ao ponto em que dirigir um carro, hoje em dia, mais parece um ato de jogar vídeo game, devido aos extensos recursos tecnológicos que controlam e automatizam os sistemas do veículo.

Mas houve uma época em que o prazer ao dirigir era um item levado em conta. Coisas como acionar o pedal da embreagem e a alavanca de marchas, ao mesmo tempo, não eram consideradas apenas contingências do ato, e sim a possibilidade de maior interação com a máquina. Acrescente um volante de madeira e uma capota reclinada e será possível começar a entender o que é guiar um MP Lafer.

Seu longo capô assusta um pouco no começo, porém, o que impressiona mesmo, é aquela necessidade súbita de demonstrar sua gentileza no trânsito - oferecendo a preferência num cruzamento com mais assiduidade, ou insistindo para abrir a porta da passageira que lhe acompanha, por exemplo. Trata-se de um carro inspirador que, definitivamente, não combina com motoristas sisudos.

Percival Lafer idealizou o MP sobre o conjunto mecânico do Volkswagen Fusca, tendo moldado sua carroceria, em fibra de vidro, a partir do clássico inglês MG TD 1952. O motor refrigerado a ar ficou na traseira, embora a grade frontal do radiador tenha sido mantida. Isso provocou certas ressalvas nos especialistas, mas o fato é que o MP sempre foi muito bem aceito pelo público em geral.

Algumas inovações foram introduzidas em relação ao conversível de origem, como a substituição das portas suicidas pelo sistema de abertura convencional, e a adoção de janelas laterais de vidro, no lugar das cortinas de plástico abotoáveis. O espaço interior também ficou mais generoso, tornando a posição do motorista mais confortável. Em termos de velocidade final, são muito semelhantes, embora este não seja o ponto forte de ambos.

Entre 1974 e 1988 foram produzidas cerca de 4300 unidades na fábrica de São Bernardo do Campo. No final de 1977 surgiu a versão Ti, direcionada a um público mais jovem. Neste caso os cromados foram excluídos e os pára-choques modificados...

A reportagem completa está publicada na edição 79 da Revista Clássicos Automotivos. Reserve um exemplar com seu jornaleiro, ou solicite uma assinatura:


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