SÉTIMO PASSEIO DO MP LAFER – CAMPOS DO JORDÃO 2003

Para os entusiastas do MP, aquele sábado - 26 de abril de 2003 - demorou para chegar... pelo menos depois que o Clube MP Lafer Brasil enviou sua tradicional correspondência, anunciando o Sétimo Passeio do MP, desta vez para Campos do Jordão. A sexta-feira, então, já não seria rotineira: com o ânimo encharcado de expectativa e certa ansiedade, era hora de conferir a pressão dos pneus, o nível do óleo, e ter uma última “conversa” com o carro - mão direita sobre o capô - pedindo para que tudo corresse bem no dia seguinte.

O ponto de partida do passeio foi o Posto BR do quilômetro 29 da Rodovia Ayrton Senna. Só não estavam lá as 9:30 horas, os participantes de algumas cidades do Vale do Paraíba e Rio de Janeiro, que se integrariam ao “comboio” em pontos dispersos da Rodovia Carvalho Pinto e arredores de Taubaté. Antes da largada porém, já havia a confraternização entre os colegas - muitos deles só se vêem justamente uma vez por ano, no dia do passeio. Quando o primeiro motor “aspirado” deu ignição, todos se apressaram em tomar seus postos, motoristas e passageiros, para desfrutar os 160 km seguintes.

A condução da fila indiana quilométrica de MPs coube a Romeu Nardini, em sua “Laferrari” super restaurada, que este ano ganhou mais um apelido: “carro madrinha”. Na retaguarda, acompanhado de esposa e filhos, veio o Toninho em sua Santana Quantum, equipada com ferramentas e peças sobressalentes, para prestar o socorro mecânico que tanto tranqüiliza quem segue adiante. Um adesivo na janela traseira do utilitário revela a novidade: o site
www.mplafer-oficina.com que Toninho pretende lançar em breve, para auxiliar a manutenção à distância dos MPs espalhados pelo país.

A viagem foi tranqüila, com direito à todas as emoções típicas de quem participa destes passeios. Uma pena que o MP só leva um carona, pois se fosse possível, cada motorista levaria todos os seus entes queridos para compartilhar cada curva e cada aceno ao longo do trajeto. Nem a pouca neblina que fez em pontos isolados chegou a preocupar, e o Sol foi até muito gentil, bronzeando antebraços e rostos de quem trafegou com a capota abaixada. Apenas os últimos trinta quilômetros, equivalentes à subida da serra, é que causaram certa apreensão, testando a saúde dos motores - pouco solicitados em outras ocasiões.
Felizmente, ninguém ficou pelo caminho, ao que se sabe.

Clima europeu

A chegada, por volta de meio-dia, à Campos do Jordão, 1.600 metros de altitude, teve a pompa digna de uma volta de apresentação do Grande Prêmio de Mônaco, em seus bons tempos. As construções em estilo alpino, que legaram à cidade o título de “Suiça Brasileira”, acostumaram seus moradores a conviver com grandes eventos, dos festivais de música clássica aos lançamentos de carros de luxo das marcas famosas, agregadas à grifes de moda e gastronomia refinada. Mas ninguém ficou indiferente ao ver passar a seqüência aparentemente sem fim de MPs. Desta vez, os carrões importados ficaram em segundo plano.

Alinhados na principal via de acesso ao badalado bairro Capivari, os MPs começaram a ser contados: 89 para um, 92 para outro, fora alguns retardatários que chegariam pela tarde. Para resolver a questão, o diretor administrativo do clube, Marcos Antonio, chancelou: 90 MPs no Sétimo Passeio. Um número a ser comemorado, e que já era esperado pelos organizadores, devido a longa distância entre Campos e a capital. Vale lembrar que em Guarujá, no ano anterior, reuniram-se 115 MPs, muitos dos quais da própria cidade e arredores.

Homenagens

Como parte do programa do passeio, os participantes foram convidados a almoçar no restaurante Comendo Arte, ao som de música ao vivo. Foi quando aconteceu uma cena antológica: José Lopes Villena, dono de um MP 1976, “emprestou” o microfone do cantor e o fez acompanhá-lo no violão o tema da boêmia, famoso na voz de Nelson Gonçalves. Mas o seu timbre mais lembrava o narrador de futebol Sílvio Luiz, arrancando aplausos acalorados de quem estava nas mesas.

Pouco depois, o presidente Walter Arruda fez as comunicações de costume e entregou placas de menção honrosa à três destaques pela colaboração ao Clube MP Lafer Brasil. A primeira para Jean Tosetto, co-responsável pelo site MP Lafer hpG, a segunda para o Toninho, em reconhecimento ao seu empenho nas restaurações dos MPs, e a terceira para João Saboia, editor do site mplafer.com.

Da esquerda para a direita: Jean Tosetto, Toninho, Marcos Antonio,
Romeu Nardini, João Saboia e Walter Arruda.

Em suas palavras de agradecimento, Jean dividiu a menção com seu primo Rene Sarli, webdesigner - que também é autor da “trilha sonora” tocada no painel virtual do MP, na primeira página do site. Salientou que o mesmo está no ar graças à colaboração de vários amigos, entre eles o Barata (talvez a ausência mais notada do dia), Paulo César Remiao (autor do artigo “Nós e os MPs”, aclamado pelos internautas) e Luiz Henrique (dirigente do MP Lafer Auto Clube do Paraná). Ainda teve tempo de anunciar o novo endereço do site: www.mplafer.net

Fim de mais uma jornada

A troca de presentes entre os convidados que se seguiu não deixou ninguém de fora. Ao seu final, foi sorteado um painel de madeira laqueado, no valor de 450 reais, para o pé quente do ano: Joel Júnior, da cidade de São José dos Campos.

E o 26 de abril de 2003 passou rápido. Quem não se hospedou numa das charmosas pousadas da cidade procurou descer a serra ainda antes do anoitecer. Fotografias tiradas, novas boas lembranças para guardar, novos amigos para rever daqui para frente. E finalmente esperar... mais uma vez, pelo próximo passeio do MP!

Serviço:

Restaurante Comendo Arte
Praça Capivari. Telefone: (12) 3663-6559, com Agda Araújo.

Pousada Canto Verde
Recanto Dubieux – Jaguaribe. Telefone: (12) 262-1961, com Elisabeth Almeida.
Visite: www.pousadacantoverde.hpg.com.br

Texto: Jean Tosetto
Fotos: Rene Sarli

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